Memorial

É um espaço dedicado à memória dos fundadores de Lençóis. Homens e mulheres pioneiros da ocupação do local onde veio a ser edificada a cidade de Lençóis em meados do século XIX. Vindos de outras áreas já garimpadas do país e da Chapada Diamantina, eles se fixaram nas margens do atual Rio Lençóis para dali extrair os diamantes que por milhões de anos foram sendo depositados pela drenagem das águas serra abaixo.

Depois deles vieram os negociantes de diamantes e suas famílias e em pouco mais de 20 anos estariam criadas as condições para o assentamento da Comercial Villa dos Lençoes (1856). E, em 1864, apenas oito anos depois, foi criado o município de Lençóis (1864), desmembrado do município de Mucugê. O trabalho dos garimpeiros ergueu a cidade e formou uma sociedade com costumes e tradições peculiares, vivendo em tempos de muita riqueza nos seus primeiros 50 anos.

Quando a extração de diamantes tornou-se mais difícil, e as minas da África do Sul foram descobertas, por volta da década de 1870, muita gente deixou Lençóis, permanecendo os que se apegaram ao lugar e os que não tinham opção de buscar outros meios de vida. Ficaram os garimpeiros mais arraigados, com seus modos e costumes, sua fé e suas manifestações culturais.
O Memorial reúne os principais elementos da cultura garimpeira, as ferramentas de trabalho, vestimenta típica, símbolos da espiritualidade, objetos ligados ao garimpo, fotografias, e um ambiente que reproduz uma habitação típica de garimpeiro. Instalado na sede da Sociedade União dos Mineiros, compõe o conjunto que é a principal referência da memória garimpeira de Lençóis.