Ternos de Reis
No seu livro sobre a cultura de Lençóis, escrito na década de 1970, M. Salete, destacou os ternos de reis existentes à época. Ela estudou os ternos de Deli e de Valdemar.
“Desde o dia 1º de janeiro saem pelas ruas, indo de casa em casa, pedindo boa acolhida, comes e bebes, e alguma contribuição para a festa. Sambam durante seis dias o que chamam de samba do Rio (não se confunde com o samba de Jarê). Segundo eles mesmos, não é dança, é sapateado. No dia 6 de janeiro rezam uma ladainha na igreja e depois continuam pelas ruas, no sapateado. Por fim, comemoram, dando de comer. Come quem comparece, crianças e adultos; há porco, galinha, carne fresca, o que se conseguiu..”
Atualmente estão ativos em Lençóis o Terno de Reis do Zabumba, de Dona Domingas, o Reisado da Viola, de Dezinha, e o Terno de Reis de Derina. Dona Domingas nasceu em Andaraí e há 22 anos mora em Lençóis, Ela conta que mantém o trabalho iniciado por uma promessa da sua mãe. “É um trabalho feito com alegria e o coração limpo”, diz. Dona Dezinha está resgatando o terno de reis que herdou do pai, seu Antonhão. Ela está entusiasmada com a criação de uma rede de reisados e se orgulha de ter os filhos envolvidos nesse trabalho cultural.