Os homens carregam o andor com todo o cuidado e devoção

Procissão

É o grande evento da Festa, que causa muita comoção, desde o momento que a imagem de Senhor dos Passos é conduzida para fora da capela até quando retorna acompanhada por fiéis, devotos, visitantes ou curiosos. Um dos momentos mais emocionantes é durante a descida da escadaria da igreja quando a Phylarmônica Lyra Popular de Lençóis executa a Marcha de Senhor dos Passos. Os homens que carregam o andor o fazem com todo o cuidado e devoção.

A seguir, um trecho do livro Garimpo, devoção e festa em Lençóis, BA, de Maria Salete Petroni de Castro Gonçalves, folclorista que documentou a vida social de Lençóis no período de 1974 a 1979:

“A procissão sai entre quatro e cinco horas da tarde. O povo vai chegando à porta da igreja… Sai a procissão, a imagem do Senhor dos Passos no andor carregado pela guarda de honra dos garimpeiros. Doze irmãos, vestidos de capa roxa, carregam o andor. Antes era uma coisa muito decente; quando os tempos eram melhores, cada garimpeiro tinha um terno especial para a ocasião, de gazemira azul-marinho ou preta. Hoje as coisas são assim um pouco difíceis, mas cada um trata de pôr uma gravata e um traje de sair, de ir ao comércio. A ordem dos fiéis é a seguinte: escoteiros, ternos de reis, marujada, Lira, autoridades, andor, garimpeiros, fiéis em geral. A procissão deve percorrer todas as ruas da cidade. No retorno à igreja, há benção do Santíssimo e sermão de encerramento. Durante o trajeto, a Lira toca diversas músicas, especialmente, o Hino do Senhor dos Passos”.

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