A SUM
A SUM foi criada com a finalidade de assistir aos seus associados e de organizar a festa do seu Patrono,
Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.
A Sociedade União dos Mineiros (SUM) é uma entidade civil fundada em 20 de Fevereiro de 1927 na cidade de Lençóis. Com quase 100 anos de atuação, e reconhecida como entidade de utilidade pública estadual desde 1950, a SUM foi criada com a finalidade de assistir aos seus associados e de organizar a festa do seu Patrono, Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos.
No Álbum de Lençóis, publicado pela Tipografia d’O Sertão no centenário da cidade, em 1945, página 55, consta que:
Nasceu a idéia de criação (sic) dessa sociedade, no dia 1º de fevereiro de 1927 em virtude de ter o Vigário da Freguesia dado como novenária da última noite da Festa em Louvor ao Senhor Bom Jesus dos Passos, que se celebra de há muitos anos nesta Cidade de Lençóis, à classe dos garimpeiros.

Desde a sua fundação, a Sociedade União dos Mineiros tem atuado ininterruptamente. Ao longo do século XX, teve papel relevante não só no cumprimento dos seus objetivos estatutários, como também na proposição de medidas de interesse público.
… Em 1942, estando no Governo do Estado o Dr. Landulfo Alves de Almeida, foi creado para Lençóis, a pedido da Sociedade União dos Mineiros e outros, um Posto de Higiene destinado a instruir o povo na defesa contra endemias e epidemias que, de tempo em tempo, açoitam a região. (Álbum de Lençóis, p. 64)
Em 1996, o fechamento dos garimpos por decreto governamental abalou a SUM, assim como toda a economia do município de Lençóis e dos demais municípios das Lavras Diamantinas (Andaraí, Mucugê e Palmeiras). A medida decretada pelo governo do Estado proibiu toda a atividade garimpeira, tanto a mecanizada com uso de dragas, como também a manual. A SUM sofreu um grande impacto uma vez que a maioria dos seus associados era composta de garimpeiros de serra que praticavam o garimpo manual.
Tal fato também repercutiu na realização da Festa de Senhor dos Passos, dado que a Igreja, por meio do pároco de então, passou a ignorar o papel da SUM na organização da festa já que a atividade garimpeira tinha sido proibida. “Não tem mais garimpeiro em Lençóis”, chegou ele a afirmar publicamente, o que feriu grandemente os brios dos garimpeiros de serra que permaneciam sócios da SUM, bem como os seus descendentes e demais sócios.
Assim é que, a partir de meados da primeira década de 2000, inicia-se um movimento de resistência pela preservação da memória garimpeira representada pela Festa de Senhor dos Passos, levando a SUM a iniciar o processo de registro deste evento como Patrimônio Imaterial, do Estado e do Brasil.


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