Jarê
O Jarê é uma variação do candomblé que se desenvolveu na região das Lavras Diamantinas, segundo consta no dicionário de Aurélio Buarque de Holanda. É também chamado de samba, e tem como maior expressão as festas dedicadas aos santos, caboclos e orixás. Toca-se a tríade de tambores trongo, retrongo e tritrongo para chamar as entidades espirituais.
“ As festas representam o aspecto mais divulgado e conhecido do Jarê, mas não o mais importante. O personagem principal é o curador… O povo de Lençóis, quando fala em curadores, lembra de um passado remoto, mencionando o nome de Coló, como o primeiro e mais poderoso” (Salete, 1984). O terreiro de Coló era na serra e suas festas reuniam centenas de pessoas da comunidade, em geral garimpeiros e suas famílias que viam no curador um guia nas venturas e desventuras (Orlando Senna). Na década de 1970, os curandeiros mais referidos, segundo Salete, eram Pedro de Laura e Domingos Narizinho, Luzia, Pomba, Zé de Bastiana, Maria Ingrassa, Flora, Sá Miliana e Rosalvo.